EDITORIAL

"Deixe estar...". Você pode até achar que não, mas o tempo hoje em dia corre, quando você era criança, caminhava a passos de tartaruga. Essa revolução silenciosa que anda pelos bastidores do planeta nos obriga a acelerar nosso ritmo. Por algum motivo nós estamos cada vez mais correndo em busca de nossas metas, e cada vez mais nos perdemos em pensamentos do tipo: "o tempo está passando muito rápido". Quando na realidade quem está rápido é você mesmo... Seu modo de vida.

É uma revolução tecnológica que nos cerca, levando-nos a impulsionar nosso sistema imunológico a romper fronteiras em nós mesmos, criando para si e também para os que nos rodeia uma revolução biológica... sofremos a mutação. Isso acontece desde a invenção do arco e flecha. Passamos por mudanças cada vez mais intensas em nosso dia-a-dia.

É no universo da música, na ciência, na religião... Estamos sempre esperando uma mudança, uma motivo para viver melhor, viver um dia diferente do outro... Pois o ser humano é mutável. Modifica sempre o meio em que vive. Foi dessa forma que chegamos a conhecer o primeiro presidente brasileiro que que iniciou sua vida humildemente como torneiro mecânico, Luís Inácio Lula da Silva. Chegamos a presenciar o primeiro negro na história dos Estados Unidos a se tornar o "First Man in the World", Mr. Barack Obama .

Essas são notícias que nos impulsionam a mudar nossa maneira de "cobiçar" as verdades a nossa frente, nos faz refletir e tentar descobrir o que mais pode vir pela frente e tirarmos a conclusão que podemos mais do que achávamos que podíamos... Podemos quebrar realmente barreiras e mostrarmos para nós mesmos que a vida só deixa de existir quando algum dia descobrirmos o significado do que é o "não-ser". Aí você notará que realmente está correndo mais do que antes... Que se continuasse a caminhar a passos de tartaruga, ficaria para trás. Lá atrás, junto das tartarugas que morrem na praia do Peba todos os dias em Piaçabuçu. Para trás das novidades na TV, da revolucionária Internet, das novas formas de manipular o cotidiano. De viver melhor, comer melhor, se divertir melhor, de realmente ler melhor.

Bruno Clériston
Redator
Novembro, 2008.

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