EDITORIAL:

Em tempo de crise econômica, aquecimento global acelerado, desgraças naturais em todo lugar do mundo, o que esperar do mundo quando a próxima geração chegar a idade adulta? O prognóstico não é bom. Em agosto de 2008, este blog entrou no ar. Dois meses depois o mercado financeiro norte-americano quebra. Agora vem à tona timidamente que essa quebra foi resultado de uma velha conhecida de nós brasileiros: a corrupção.
As empresas geriram mal recursos, maquiaram lucros, bancos emprestaram 20 vezes o seu patrimônio líquido e poucos enriqueceram enquanto milhares perderam dinheiro e milhões correm o risco de perder seus empregos no mundo todo.
Com a crise da natureza que se aproxima, a última coisa que a comunidade internacional poderia querer era uma quebra desse tamanho. A humanidade mais do que nunca precisa de dinheiro para renovar as fontes de energia e limpar o mundo de nossa sujeira milenar. Já é fácil prever que os recursos para os cuidados necessários à natureza serão reduzidos, afinal os governos continuam emprestando dinheiro a empresas irresponsáveis, que não estão nem um pouco preocupadas com o bem comum.
No nosso país, hoje se mostrando uma grande economia, segurando a barra perante a crise que fez o gigante norte-americano ajoelhar-se, a corrupção está alastrada. E mesmo assim estamos de pé! Não amigos, não estou comemorando a corrupção já folclórica nacional, estou alertando para a hipótese de sermos um país sem a corrupção: quão poderosos seríamos!
A ONG Transparência Internacional divulgou hoje o ranking dos países mais corruptos. O Brasil, como era de se esperar, ficou entre os piores, em 17º lugar de 22 países pesquisados. Pior de que nós estão: Índia (20º), China (21º) e Rússia (22º). Os países menos corruptos são Suíça (1º), Bélgica (2º), Holanda (3º). A pesquisa foi até as empresas multinacionais nos 22 países pesquisados, questionando a seus funcionários os casos em que a corrupção entrava em cena, viciando o negócio. No Brasil, segundo os funcionários entrevistados, os chineses são os que oferecem mais propina para se livrar da "burocracia brasileira" e os que menos recorrem são os Alemães.
Ainda não é tarde para que possamos mudar e crescer, nos desenvolver como uma nação decente. Erradicando a boa parte da corrupção nacional, já cresceríamos solidamente, com preparo intelectual para sustentar o desenvolvimento, com investimento em educação e tecnologia. Resta nossos governantes esquecerem um poucos seus bolsos e olharem para seus filhos e netos. Eles também sofrerão caso o mundo não mude.
Um ótimo final de 2008 pra todos e que 2009 seja o ano da mudança, o ano do bom senso.
Walter Jr. Redator Chefe
Dezembro, 2008.

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