Viva Santa Maria Madalena
No ultimo dia 02 de fevereiro tivemos o termino da Festa da Padroeira de nossa cidade, a “tradicional” festa religiosa completou 174 anos de história e “fé”. Santa Maria Madalena deve estar feliz lá do céu, abençoando seus fieis por mais um ano de festejos e culto em seu nome. Este ano, porém, a festa conseguiu ser melhor que a do ano passado, bandas mais conhecidas, banalização da religião católica, mais pessoas, mais bebedeira, mais mesas. Um verdadeiro show de falso moralismo.
Quanto dinheiro será necessário para comprar a mente inoperante do povo palmarino em relação a real visão desta que se torna a meu ver a maior prova da degradação de conceitos sérios sobre fé e religião de nossa cidade, sendo estes pilares indispensáveis na formação dos princípios básicos da estrutura familiar? Sinceramente não sei responder, porque ainda não entendi se temos a cabeça vazia demais ou se os valores arrecadados pela igreja mercenária a cada ano nos compram tão facilmente.
Mais uma vez todas as mesas da festa foram vendidas por preços exorbitantes, e sabe que fica até bonito ver os abastados de recursos comendo e bebendo, ocupando um espaço público privatizado em uma festa tão “popular”. Porque é assim que a chamam, “festa popular”. Agora entendo o motivo da reforma tão bonita na Praça Basiliano Sarmento: pra oferecer mais conforto a “Elite Palmarina” enquanto os menos favorecidos tentam caminhar entre o pouco espaço que sobra, espremidos na varanda que rodeia o “espaço privado” proporcionando aos olhos atentos e solitários iguais aos meus, uma imagem infeliz da desigualdade social tão repelida por todos num momento de renovação e fé que a própria igreja católica tem pregado. Deveríamos ser todos iguais e diante de tal absurdo parece-me que não há nada a se fazer, porque aqui nessa terra de ninguém a “tradição” é algo que se sobrepõe ao bom senso. Por tal motivo acho tudo tão bonito, pois, apesar de tão estarrecedor, é o retrato inegável da hipocrisia palmarina, coisa boa de se ver pra saber onde estamos pisando e entender a mente insana dos que fazem o executivo e religioso de nossa cidade.
Quanto a “Elite Palmarina” , não se sintam ofendidos com minhas palavras, é pra isso que foram criados, para esbanjar imponência, são básicas criações do meio, então nada mais justo do que desfrutar das ações criadas para lhes satisfazer, continuem assim sempre cegos para o obvio, ou por serem realmente alheios ao que lhe rodeia ou pela natural comodidade de serem quem são (pausa pra reflexão).
Não pensem, por favor, que estou querendo desvirtuar a fé ou os bons costumes palmarinos, sei o que é fé, vivo os costumes e entendo do que falo, porém não vejo modo algum para desvirtuar o que já está desvirtuado.
Assim sendo só tenho a dizer: viva, viva Santa Maria Madalena!
Quanto dinheiro será necessário para comprar a mente inoperante do povo palmarino em relação a real visão desta que se torna a meu ver a maior prova da degradação de conceitos sérios sobre fé e religião de nossa cidade, sendo estes pilares indispensáveis na formação dos princípios básicos da estrutura familiar? Sinceramente não sei responder, porque ainda não entendi se temos a cabeça vazia demais ou se os valores arrecadados pela igreja mercenária a cada ano nos compram tão facilmente.
Mais uma vez todas as mesas da festa foram vendidas por preços exorbitantes, e sabe que fica até bonito ver os abastados de recursos comendo e bebendo, ocupando um espaço público privatizado em uma festa tão “popular”. Porque é assim que a chamam, “festa popular”. Agora entendo o motivo da reforma tão bonita na Praça Basiliano Sarmento: pra oferecer mais conforto a “Elite Palmarina” enquanto os menos favorecidos tentam caminhar entre o pouco espaço que sobra, espremidos na varanda que rodeia o “espaço privado” proporcionando aos olhos atentos e solitários iguais aos meus, uma imagem infeliz da desigualdade social tão repelida por todos num momento de renovação e fé que a própria igreja católica tem pregado. Deveríamos ser todos iguais e diante de tal absurdo parece-me que não há nada a se fazer, porque aqui nessa terra de ninguém a “tradição” é algo que se sobrepõe ao bom senso. Por tal motivo acho tudo tão bonito, pois, apesar de tão estarrecedor, é o retrato inegável da hipocrisia palmarina, coisa boa de se ver pra saber onde estamos pisando e entender a mente insana dos que fazem o executivo e religioso de nossa cidade.
Quanto a “Elite Palmarina” , não se sintam ofendidos com minhas palavras, é pra isso que foram criados, para esbanjar imponência, são básicas criações do meio, então nada mais justo do que desfrutar das ações criadas para lhes satisfazer, continuem assim sempre cegos para o obvio, ou por serem realmente alheios ao que lhe rodeia ou pela natural comodidade de serem quem são (pausa pra reflexão).
Não pensem, por favor, que estou querendo desvirtuar a fé ou os bons costumes palmarinos, sei o que é fé, vivo os costumes e entendo do que falo, porém não vejo modo algum para desvirtuar o que já está desvirtuado.
Assim sendo só tenho a dizer: viva, viva Santa Maria Madalena!
Leyliane Chagas.
Comentários
vejo que você iniciou o texto sobre a questão da decadência da moralidade mas depois focaste na desigualdade social. Quase todos artigos que li aqui no TM seguem a mesma estrutura, a inconformidade diante dos preços, a privatização do espaço público, a desigualdade social bastante nítida, a omissão dos sacerdotes palmarinos.
Por que (faço esta pergunta para todos os que escreveram sobre esta tema) para vocês a questão financeira é prioritária, ficando a decadência da moral e dos bons costumes para o segundo plano? Por que não se aborda a questão da libertinagem, das músicas soezes, da decadência da juventude, da ausência de cultura e do embrutecimento dos sentidos?
Há muito de Marx nos vossos textos e a muito pouca humanidade. Presenciamos isso que nos choca porque já não se quer viver os valores humanos como a sobriedade, a continência, a castidade, o valor familiar, etc...
Agora sendo um pouco mais direto. Ao escreveres "...proporcionando aos olhos atentos e solitários iguais aos meus,..." dás a entender que fostes a festa, e que tua indignação é porque fostes diretamente injustiçada. Teu texto aos meus olhos diminue mais de valor, pois mostra que tua preocupação está muito voltada a ti e não a decadência moral que os jovens estão vivendo.
Abraços,
Claudemir Leandro.
Claudemir, a questão financeira é o foco porque a festa parece ter se transformado em algo que gira torno disso. Porém, não descarto, mesmo ainda não tendo abordado isso aqui, os demais pontos que você elencou, a decadência moral e a falta de pudores e de qualidade em vários sentidos, claro.
Discordo com você, Claudemir, quando afirmas que "Há muito de Marx nos vossos textos e a muito pouca humanidade". Marx era e é muito humano. Obviamente que o entendimento sobre ele depende de quem está pensando.
1) O foco de todo o problema é a ausência de valores humanos. Isso que vcs focalizam é, para mim, apenas a ponta do iceberg.
2) A questão do preço das mesas para mim é irrelevante, a procura faz com que aumente o produto, não vejo injustiça nisso.
3) Não frequentaria um ambiente onde se incentiva a libertinagem, raiz de muitas desordens sociais.
4) Mesmo que não houvesse nada em temos de desigualdades sociais, minha visão sobre esta festa continuaria sendo negativa. As músicas, o ambiente, as bebedeiras, não é um lugar que gostaria que minha família frequentasse, não vejo um ambiente sadio.
5) Sobre Marx, discordo que ele tenha sido muito humano. Seu pensamento fez um mal enorme à humanidade.
Por enquanto é só.
Abraços,
Claudemir Leandro
é só procurar, que tu acha. Uma dica: veja um dos ultimos posts: MUSICA COMERCIAL, A FARSA QUE ALIENA...
Falar sobre: valores humanos como a sobriedade, a continência, a castidade, o valor familiar, é uma coisa, e levantar bandeiras catolicas sobre os temas é outra. vc prefera a ultima opnião, nós do TM, trabalhamos com outro pressuposto cristão: o livre arbitrio.
Tem gente que não é sóbrio, não bate continência, não é casto e não tem familia, e por isso mesmo, ajuda mais os outros do que A Paróquia de Santa Maria Madalena.
A doutrina catolica merece respeito, mas não deve ser imposta por meios de comunicação LAICOS como o TM.
Outra dica: crie um blog e divulgue seus "valores", quem sabe um dia eles conscientizarão alguém, afunal, já que os homens já destruiram a Essencia da Igreja, quem sabe o futuro da pregação está nos blog?
o pensamento de Jesus também matou muita gente.. Pq então vc não diz que ele não teve humanidade?
Chegas a ser ridiculo nas tuas afirmações preconceituosas.. por isso gosto de Fabio.. Ele tem infinitamente mais conhecimento e humildade que vc.
Estou falando que, dentro do quadro q aborda a festa, pouco é discutido a respeito da música, das bandas, do ambiente e da ideologia. Falam que são ruins mas não dizem o porquê. Também não é discutido o que os jovens vão buscar, sabemos que não é um programa cultural e, conforme falei acima, não é sadio. Isso é pouco explorado pelo TM.
Segundo, não defendo a postura dos sacerdotes palmarinos e nem a condeno, e nem poderia fazê-lo, não resido em União e desconheço-as.
Terceiro, não estou levantando nenhuma bandeira católica, estou partindo de pressupostos éticos básicos, só isso.
Analisa os argumentos pelos argumentos Walter, e não com visão anti-católica. Senão todas as vezes entrarão palavras como: católico, doutrina, laicos, Essencia da Igreja, etc... Já sabemos como cada um pensa, não salientemos a diferença, busquemos a semelhança, a qual é a ordem, a justiça, o resgate das virtudes, etc... Temos o mesmo afã. Por que é tão difícil caminharmos juntos?
Claudemir Leandro.
Por isso mesmo a questão dos preços das mesas, do dinheiro arrecadado com o bingo, com as quermeces (não sei como se escreve) e outras fontes devem ter mais relevância para você que segue a doutrina que para nós, reles mundanos, pois onde os sacerdotes da citada instituição estão aplicando este dinheiro ao invés de empregá-lo em obras de caridade? Por isso que você não vê injustiça nisso, pois se você bem soubesse a justiça só é justa para quem ela está sendo justa, e nada mais justo que encher o bolso de dinheiro.
E como você pode dizer que não frequentaria um ambiente que incentiva a libertinagem, então você não deve andar nos templos de sua religião, casas de muitos pedófilos. Com certeza o ato de um desses incentiva outros do meio e os pedófilos externos a usar como desculpas para realizar suas perversões, afinal se sacerdotes podem e a instituição abafa, por que eles não podriam? Tenho certeza que você não gostaria que um filho seu fosse vítima de um desses.
No mais Jesus, Che, Marx entre outros passaram mensagens que até hoje podem ser usadas pelo bem e pelo mal.