II Festival de Cinema de Paulínia

O II Festival de Cinema de Paulínia, que teve início no dia 09 e encerrou-se no dia 16 de julho, reuniu alguns dos filmes nacionais inéditos mais aguardados, além de produções de sucesso, e profissionais da indústria do audiovisual como diretores e atores. Nos festival, concorreram longas-metragens de ficção e documentário, além de exibições de curta-metragens nacionais e recentes produções de destaque. No primeiro dia foi exibido em destaque o longa À Deriva, de Heitor Dhalia (Cheiro do Ralo) e encerramento foi marcado com o show dos Os Paralamos do Sucesso.

Paulínia é uma cidade a 126km de São Paulo, nela não há salas de cinema, contudo, o governo municipal de lá está fazendo o que pode para transformá-la na "Hollywood" brasileira, percebe-se a intenção até pelo logotipo do festival e pela semelhança do troféu. Os ganhadores levam para casa o troféu chamado de Menina de Ouro e mais uma quantia em dinheiro. A prefeitura construiu o teatro municipal de Paulínia para a exibição dos filmes durante o festival nos moldes do Kodac Theater, local onde acontece a festa de premiação do Oscar.

Bom, deixando de lado a badalação exagerada, tomemos como foco agora o mais importe, os filmes. “Olhos azuis”, de José Joffily, recebeu o troféu Menina de Ouro como o melhor longa de ficção e outros cinco prêmios do II Festival Paulínia de Cinema. "Só dez por cento é mentira”, de Pedro Cezar foi eleito o melhor longa-documentário. Os curtas “Timing”, de Amir Admoni, e “Spectaculum”, de Juliano Luccas, venceram nas categorias nacional e regional, respectivamente. O júri escolheu Ana Luíza Azevedo, de “Antes que o mundo acabe”, como a melhor direção de ficção, e a dupla Roberto Berliner e Pedro Bronz, por “Herbert de perto”, pela direção de documentário. O prêmio especial do júri foi para “Contador de histórias”, de Luiz Villaça.

Premiação completa:

Longa-metragem - Ficção:
Melhor filme de ficção: “Olhos azuis”, de José Joffily.
Melhor direção de ficção: Ana Luíza Azevedo, de “Antes que o mundo acabe”.
Prêmio especial do júri: “O contador de histórias”, de Luiz Villaça.
Melhor roteiro: Paulo Halm e Melanie Dimantas, de “Olhos azuis”.
Melhor ator: Marco Ribeiro, Paulo Mendes e Cleiton Santos, de “O contador de histórias”.
Melhor atriz: Cristina Lago, de “Olhos azuis”; e Sílvia Lourenço e Maria Clara Spinelli, de “Quanto dura o amor?”.
Melhor ator coadjuvante: Irandhir Santos, de “Olhos azuis”.
Melhor atriz coadjuvante: Nívea Magno, de “No meu lugar”.
Melhor figurino: Rosangela Cortinhas, de “Antes que o mundo acabe”.
Melhor trilha sonora: Leo Henkin, de “Antes que o mundo acabe”.
Melhor direção de arte: Fiapo Barth, de “Antes que o mundo acabe”.
Melhor som: François Wolf, de “Olhos azuis”.
Melhor montagem: Pedro Bronz, de “Olhos azuis”.
Melhor fotografia: Jacob Solitrenick, de “Antes que o mundo acabe”.

Longa-metragem - Documentário:
Melhor documentário: “Só dez por cento é mentira”, de Pedro Cezar.
Melhor direção de documentário: Roberto Berliner e Pedro Bronz, por “Herbet de perto”.

Curta-metragem - Regional:
Melhor filme: “Spectaculum”, de Juliano Luccas.
Melhor direção: Cauê Fernandes Nunes, de “Quem será Katlyn”.
Melhor roteiro: Pedro Struchi, de “Prós e contras”.
Melhor ator: Alexandre Caetano, de “Prós e contras”.
Melhor atriz: Roseli Silva, de “Morte corporation”.
Melhor montagem: Cauê Fernandes Nunes, de “Quem será Katlyn”.
Melhor fotografia: Marcelo Mazzariol, de “Spetaculum”.

Curta-metragem - Nacional:
Melhor filme: “Timing”, de Amir Admoni.
Melhor direção: Érico Rassi, de “Milímetros”.
Melhor roteiro: Érico Rassi, de “Milímetros”.
Melhor ator: Fábio Di Martino, de “Milímetros”.
Melhor atriz: Débora Falabella, de “Doce amargo”.
Melhor montagem: Amir Admoni, de “Timing”.
Melhor fotografia: André Modugno, de “Relicário”.

Prêmio da crítica:
Melhor filme de ficção: “Antes que o mundo acabe, de Ana Luíza Azevedo.
Melhor filme de documentário: “Moscou”, de Eduardo Coutinho.

Júri popular:
Melhor filme de ficção: “O contador de histórias”, de Luiz Villaça.
Melhor filme de documentário: “Caro Francis”, de Nelson Hoineff.
Melhor curta-metragem nacional: “Nesta data querida”, de Júlia Rezende.
Melhor curta-metragem regional: “Quem será Katlyn”, de Cauê Fernandes Nunes.

Composição do Juri:

Júri de Longas
Zuenir Ventura – jornalista e escritor
Adhemar Oliveira – exibidor (sócio diretor dos circuitos Espaço e Arteplex)
Elena Soarez – roteirista
João Jardim – diretor
Maria Ângela de Jesus – diretora de produção da HBO

Júri de Curtas
Ana Carolina Lima – atriz
Hubert Alquéres – diretor presidente da Imprensa Oficial
César Cabralk – Cineasta
Helvécio Marins – produtor e selecionador dos Festivais de Rotterdan e Locarno
Wilson Cunha – jornalista
Maria Clara Fernandes – diretora de finalização

Site oficial do II Festival de Cinema de Paulínia: www.festivalpaulinia.com.br
Saiba mais sobre o festival e os filmes: www.revistacinetica.com.br/paulinia09menu.htm

Wenndell Amaral


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