Filhos do Deputado Estadual Antônio Albuquerque são presos

Parte I

“Esperem aí, que vou ligar para o meu pai”. Arthur Jessé Mendonça de Albuquerque, 19, e Nivaldo Ferreira de Albuquerque Neto, 22, bem que tentaram escapar da abordagem dos policiais militares da Radiopatrulha, dizendo que não desceriam do carro porque eram filhos do deputado Antônio Albuquerque (PTdoB). Mas acabaram sendo presos em uma operação de rotina da Polícia Militar de Alagoas (PM), por estarem portando uma pistola 380 registrada no nome do pai, guardada embaixo do banco do carona, onde estava sentado Marco Antônio Santiago Monteiro, 19, filho de um empresário da capital e amigo dos jovens, liberado como testemunha.

A partir da ação policial, que precisou de reforço para ser cumprida no bairro do Pinheiro, as cobranças pela atuação da PM no combate à criminalidade em Alagoas, tantas vezes feitas do alto da tribuna da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), deram lugar a gritos de indignação do ex-presidente do Legislativo. Depois de se exaltar enquanto era ouvido pelo delegado do 4° Distrito Policial, Robervaldo Davino, e mobilizar ex-prefeitos, um deputado e o chefe do Gabinete Militar do governo do Estado, coronel Ronaldo dos Santos, Albuquerque libertou os dois filhos por meio do pagamento de fiança de dois salários mínimos (R$ 930).

Parte II

O Ministério Público determinou que a Polícia Civil apure a conduta do delegado Robervaldo Davino no episódio da prisão dos filhos do deputado estadual Antônio Albuquerque (PTdoB). Além do deputado, dezenas de pessoas foram para a delegacia – incluindo o secretário do Gabinete Militar, coronel Ronaldo Santos, representante do governo. Depois de lavrar o flagrante, o delegado liberou os dois acusados, sob fiança; o que só poderia ser feito por um juiz.

Parte III


O deputado estadual Antônio Albuquerque (PTdoB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, para defender Nivaldo Albuquerque, 21, o seu filho “Nivaldinho”. Em um discurso que durou quase uma hora, o deputado acusou o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) de usar a Polícia Militar para lhe perseguir. “Eu venho, há muito tempo, sendo perseguido no Estado de Alagoas, principalmente pelo governo. Traição política, inveja ou qualquer outro sentimento, eu suporto, mas não por covardia, e sim por respeito a minha família”, disse o parlamentar, ao completar: “Se o governador me odeia a esse ponto, que continue a me perseguir, mas deixe a minha família em paz”.

Fonte: Gazeta de Alagoas

O TM vem por meio deste parebenizar a coragem e retidão de caráter do jornalista conterrâneo Davi Soares que, como dizem popularmente, deu a cara pra bater. Fato histórico registrado por um palmarino. Fato este que comprova que Alagoas ainda não conseguiu se livrar do pensamento pronviciano... Davi passou na cara de todos nós, principalmente na cara de nossas autoridades que vivemos e agimos como em uma capitania heriditária... Não temos direto a ter direitos.
Deputado, deixe Alagoas em paz!

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