Apego, nostalgia, saudade. A história de um ser humano está intimamente ligada ao lugar onde o mesmo nasceu. Indisponível, irrenunciável... o local de nascimento será sempre o marco inicial da sua história.
Alguns lugares do mundo são abençoados, neles grandes seres humanos vem ao mundo e deixam florescer sua sensibilidade, seja: ao ver um menino de pés descalços conduzir pela rua uma roda de metal entre um frasco de desodorante preso a um cabo de vassoura; ou perdido nas curvas do rosto daquela menina; ou ainda por achar engraçado o chapéu surrado e o jeito engraçado do caboclo se comportar. Tantas vezes me vi por aí analisando cenas assim, e perdido em devaneios em frente ao mar me vi novamente ali, conduzindo a roda de metal nas calçadas do Bairro onde morei desde que nasci.
O Estado e sua história... desde pequeno escutei que os políticos mentem sem piedade, apenas querendo o nosso dinheiro, cresci e aprendi que mais que isso, eles levam boa parte dos nossos sonhos, isso quando não nos levam a vida.
Em busca de respostas recorri aos livros, tentando entender o porquê de tanta voracidade em cima da esperança de pessoas tão simples, procurei nas páginas se por aqui sempre foi "permitido" matar em nome da lei dos coronéis. Com afinco busquei homens e mulheres de bem, que tivessem construído nossa identidade além do sangue e da bala que mancha a nossa imagem por todo o Brasil...
Deixei os livros, olhei de lado e lembrei do caboclo, da menina, do garoto... Sim, o nosso povo! Dos sorrisos mais humildes e gostosos do mundo.
Aí deu um orgulho danado de ser alagoano.
Alguns lugares do mundo são abençoados, neles grandes seres humanos vem ao mundo e deixam florescer sua sensibilidade, seja: ao ver um menino de pés descalços conduzir pela rua uma roda de metal entre um frasco de desodorante preso a um cabo de vassoura; ou perdido nas curvas do rosto daquela menina; ou ainda por achar engraçado o chapéu surrado e o jeito engraçado do caboclo se comportar. Tantas vezes me vi por aí analisando cenas assim, e perdido em devaneios em frente ao mar me vi novamente ali, conduzindo a roda de metal nas calçadas do Bairro onde morei desde que nasci.
O Estado e sua história... desde pequeno escutei que os políticos mentem sem piedade, apenas querendo o nosso dinheiro, cresci e aprendi que mais que isso, eles levam boa parte dos nossos sonhos, isso quando não nos levam a vida.
Em busca de respostas recorri aos livros, tentando entender o porquê de tanta voracidade em cima da esperança de pessoas tão simples, procurei nas páginas se por aqui sempre foi "permitido" matar em nome da lei dos coronéis. Com afinco busquei homens e mulheres de bem, que tivessem construído nossa identidade além do sangue e da bala que mancha a nossa imagem por todo o Brasil...
Deixei os livros, olhei de lado e lembrei do caboclo, da menina, do garoto... Sim, o nosso povo! Dos sorrisos mais humildes e gostosos do mundo.
Aí deu um orgulho danado de ser alagoano.
Bruno Monteiro
Comentários
Cuidado para tal ímpeto não estar transformado num bairrismo exacerbado. Acho que esta população, que hoje possui um sorriso triste em referência aos desastres ocorridos recentemente, e de nossa política mesquinha com o fundo do umbigo atravessando seus corpos... precisa mesmo de cultura, projetos sociais, leitores críticos, homens críticos. E assim, iremos ter crianças calçadas e felizes, e felizes com a poesia.
Richard M.
A falta de apego pelo Estado de Alagoas, abre espaço para pessoas usem os recursos públicos para encherem as contas bancárias.
Se o povo alagoano tivesse mais respeito pela sua terra, exigiriam um maior respeito por parte dos governantes.
Aqui no nosso malfadado país, o q presta são os "enlatados do USA".. No nosso malfadado estado, o q presta é o q vem do sul.. Na nossa malfadada cidade, o q presta é o q vem da Capital..
tsc, tsc tsc. É triste, mas, como dizia Nelson Rodrigues: É A Vida Como Ela É...
Cuidado para tal ímpeto não estar transformado num bairrismo exacerbado. Acho que esta população, que hoje possui um sorriso triste em referência aos desastres ocorridos recentemente, e de nossa política mesquinha com o fundo do umbigo atravessando seus corpos... precisa mesmo de cultura, projetos sociais, leitores críticos, homens críticos. E assim, iremos ter crianças calçadas e felizes, e felizes com a poesia.
Richard M.