O que você está fazendo mesmo nessa campanha?

Se você ficou apenas mandando comentários para os blogs e sites xingando os políticos corruptos, fez muito pouco.

Se numa mesa de bar, ou em um encontro família – e só aí -, manifestou a sua mais veemente repulsa a quem rouba o dinheiro público e a quem mata em nome do poder, está devendo à coletividade.

Se você se queixou dos pobres e miseráveis da periferia, que seriam “os grandes responsáveis pela eleição de bandidos de toda espécie”, mas não se indignou com o adesivo no carro de alguém mais próximo fazendo a propaganda de um candidato com os adjetivos mencionados, está exclusivamente equivocado.

Temos uma triste tradição: de transferir para os outros as nossas responsabilidades. Não só os jornalistas, dirigentes de entidades, militantes sociais ficam na obrigação combater àqueles que nos fazem tanto mal.

Cada um, o que inclui você, pode fazer um pouco – por mínimo de que seja. Discutir no ambiente de trabalho, na comunidade, na escola, nas associações de que participa, isto sim é possível e necessário.Um voto que você ganha para uma causa ou para um candidato decente é um voto a menos para a turma barra pesada.

Fazer beicinho depois do estrago, dizer – e até acreditar – que os outros é que estão errados porque votaram mal é apenas, de novo, transferir comodamente uma responsabilidade que também é sua.

Aproveite. Temos ainda uma semana de campanha, e você – mais do que qualquer um – pode ajudar a virar o jogo da história.

Ricardo Mota

Fonte: Blog do Ricardo Mota no portal de notícias Tudo na Hora.

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