Sarney, Renan e as negociações pela presidência do Senado! Ou: especulações, sim. Declarações suspeitas também.
por Paulo Veras (pauloveras.blogspot.com)
O senador José Sarney desmentiu que estaria costurando um acordo com operadores do Planalto para tratar de sua re-eleição a presidência do Senado através de uma pequena nota (vide Nota em que José Sarney nega acordo para elegê-lo presidente do Senado (íntegra)). O acordo seria uma compensação pela perda de espaço no governo com a saída de alguns de seus indicados do segundo escalão, principalmente na área energética.
Segundo as notícias divulgadas no início dessa semana, Sarney estaria pedindo duas garantias do governo federal. A primeira era garantir sua re-eleição para a presidência do Senado pelos próximos dois anos. Sarney deve ser candidato único, porque o discurso usado no plenário é o da proporcionalidade. Isto significa que os partidos ficariam com a representação relativa ao tamanho de suas bancadas.
Cabe ao PMDB de Sarney indicar o presidente. O PT, segunda maior bancada eleita, deve ficar com a vice-presidência. Já o PSDB, dono da terceira bancada, ficaria com a primeira-secretária, cargo responsável pela gestão do Senado.
O segundo pedido do acordo giraria em torno de um projeto antigo: reabilitar o senador Renan Calheiros. Ex-ocupante da presidência, Renan foi forçado a renunciar por uma forte crise política, em meio a denúncias de corrupção. Desde então, procura uma possibilidade de voltar à grande cena política.
Desde 2009, Renan foi escolhido pelo PMDB como líder do partido no Senado. Chegou-se a cogitá-lo como líder do governo, mas a idéia não vingou. Renan agora, incluído no mesmo acordo, seria o sucessor de Sarney. Voltaria a ocupar o cargo ante a impossibilidade jurídica do atual presidente.
É difícil provar que o acordo com o planalto realmente existiu. Sarney nega, e tem razão em fazê-lo. Expor as entranhas do balcão de negócios federal não é algo que um político experiente se preste a fazer todos os dias. Entretanto, poderia ter ficado calado e deixado a maré passar, como é de costume. Dessa vez, preferiu se pronunciar, mesmo que através de uma nota mínima.
Não há nada que eu saiba que comprove esta tese, mas se Sarney se apressou em negar as notícias que surgiam na mídia é porque estas lhe impuseram algum risco. Qual seja? O comando do Senado não deve ser, este está, até onde se sabe, seguro. Há, sem dúvida, mais coisas entre Sarney e o Planalto do sonha nossa vã filosofia. Algo que ameaçou ruir nos últimos dias.
“Especulações!”, gritará o leitor mais exigente. Sim, e são. Mas Sarney não é do tipo que vem a luz dos flashs por motivo banal. Ainda mais para desmentir algo que dificilmente se confirmaria. Na nota, faz questão de se eximir de “conversas telefônicas”. Afirma também que não levantou o tema da sucessão com "qualquer pessoa do governo". Declarações nada suspeitas.
Segundo as notícias divulgadas no início dessa semana, Sarney estaria pedindo duas garantias do governo federal. A primeira era garantir sua re-eleição para a presidência do Senado pelos próximos dois anos. Sarney deve ser candidato único, porque o discurso usado no plenário é o da proporcionalidade. Isto significa que os partidos ficariam com a representação relativa ao tamanho de suas bancadas.
Cabe ao PMDB de Sarney indicar o presidente. O PT, segunda maior bancada eleita, deve ficar com a vice-presidência. Já o PSDB, dono da terceira bancada, ficaria com a primeira-secretária, cargo responsável pela gestão do Senado.
O segundo pedido do acordo giraria em torno de um projeto antigo: reabilitar o senador Renan Calheiros. Ex-ocupante da presidência, Renan foi forçado a renunciar por uma forte crise política, em meio a denúncias de corrupção. Desde então, procura uma possibilidade de voltar à grande cena política.
Desde 2009, Renan foi escolhido pelo PMDB como líder do partido no Senado. Chegou-se a cogitá-lo como líder do governo, mas a idéia não vingou. Renan agora, incluído no mesmo acordo, seria o sucessor de Sarney. Voltaria a ocupar o cargo ante a impossibilidade jurídica do atual presidente.
É difícil provar que o acordo com o planalto realmente existiu. Sarney nega, e tem razão em fazê-lo. Expor as entranhas do balcão de negócios federal não é algo que um político experiente se preste a fazer todos os dias. Entretanto, poderia ter ficado calado e deixado a maré passar, como é de costume. Dessa vez, preferiu se pronunciar, mesmo que através de uma nota mínima.
Não há nada que eu saiba que comprove esta tese, mas se Sarney se apressou em negar as notícias que surgiam na mídia é porque estas lhe impuseram algum risco. Qual seja? O comando do Senado não deve ser, este está, até onde se sabe, seguro. Há, sem dúvida, mais coisas entre Sarney e o Planalto do sonha nossa vã filosofia. Algo que ameaçou ruir nos últimos dias.
“Especulações!”, gritará o leitor mais exigente. Sim, e são. Mas Sarney não é do tipo que vem a luz dos flashs por motivo banal. Ainda mais para desmentir algo que dificilmente se confirmaria. Na nota, faz questão de se eximir de “conversas telefônicas”. Afirma também que não levantou o tema da sucessão com "qualquer pessoa do governo". Declarações nada suspeitas.
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