Exposição na casa onde viveu Darwin traça a vida do cientista
A casa onde viveu Charles Darwin, o autor da teoria da evolução das espécies, deve ser reaberta ao público na próxima sexta-feira com uma exposição permanente em homenagem ao bicentenário do nascimento do biólogo inglês, comemorado nesta quinta-feira.
A mansão, conhecida como Down House, fica no condado de Kent, no sudeste da Inglaterra, e passou um período fechada para reformas. Ela agora será reaberta após uma restauração de seus jardins e de sua estrutura, comandada pela organização English Heritage, que cuida dos patrimônios históricos da Inglaterra.
Alguns dos aposentos da casa conservam a mobília e alguns objetos usados pelo cientista, o que torna possível ao visitante conhecer um pouco de seu cotidiano. Darwin se mudou com sua mulher, Emma, para a vila de Downe em 1842, seis anos depois de ter retornado de sua célebre viagem no navio Beagle, quando coletou espécimes em diversas partes do mundo que embasaram sua teoria da seleção natural.
Ele viveu e trabalhou em Down House por quatro décadas, até sua morte, em 1882. Foi nesta casa que ele escreveu grande parte de seus trabalhos, inclusive o livro A Origem das Espécies, publicado em 1859 e que traça as bases da teoria da evolução.
"Eu acho que você pode ter uma grande percepção da vida familiar (de Darwin) lá. Ele vivia e trabalhava na casa e você pode imaginar o barulho que seus filhos faziam. A casa deve ter sido muito viva de pessoas e ideias", diz Sarah Darwin, bióloga do Museu de História Natural de Londres e bisneta do cientista.
Vida familiar
O professor Barry Cunliffe, diretor da English Heritage, afirma que a exposição pretende mostrar aos visitantes a vida e as teorias de Darwin. "Isto coloca a casa como um dos mais importantes patrimônios científicos do mundo", afirma. A exposição sobre Darwin traz artefatos originais e recursos de multimídia. Além disso, há uma réplica em tamanho natural da cabine que Darwin ocupou durante sua viagem no navio Beagle.
No piso térreo da casa, alguns aposentos mostram um pouco da vida familiar da Darwin. É possível ver a mesa de bilhar onde Darwin jogava com seu mordomo e o serviço de jantar que Darwin herdou de sua mãe, Susannah Wedgwood. Em outra sala, está exposto o piano que a mulher de Darwin, Emma, costumava tocar. Ela teve aulas de música com o famoso compositor polonês Fryderyk Chopin.
Em cima do piano, há dois vasos de plantas. Darwin costuma pedir que sua mulher e seus filhos tocassem música para minhocas que ficavam nos vasos para estudar os efeitos sobre as criaturas.
O jardim e a estufa da casa, que, segundo Sarah Darwin, tiveram um papel importante no trabalho do cientista, também foram restaurados.
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Eu acho que ter o campo literalmente atrás de sua porta permitiu que ele analisasse as coisas (que ficavam no jardim e na estufa). Darwin fez parte de uma grande linha de naturalistas amadores ingleses", afirma sua bisneta. "Nós temos que encorajar os jovens a virem a esta casa. Você não precisa ir a Galápagos ou à Amazônia para encontrar coisas. Elas estão em nosso quintal", diz. A casa de Darwin era um refúgio onde ele podia trabalhar em paz. Além disso, ela tinha bastante espaço para a sua grande família - Darwin teve dez filhos, sete dos quais viveram até a idade adulta.
"Nesta exposição, temos objetos que ele coletou durante a viagem no Beagle, a primeira edição de A Origem das espécies e até coisas pessoais, como sua aliança de casamento", diz Jenny Cousins, da English Heritage.
Fonte: BBC
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Neonazistas torturam brasileira grávida na Suíça
A advogada brasileira Paula Oliveira, grávida de três meses de gêmeas, foi atacada e torturada por três neonazistas na noite de segunda-feira na cidade suíça de Dubendorf, na periferia de Zurique. Os agressores inscreveram, com um estilete, a sigla SVP - iniciais em alemão do Partido do Povo Suíço, de extrema direita - na barriga e nas pernas da brasileira. O ataque fez com que Paula, casada com um suíço, abortasse.
O caso ganhou contornos políticos depois que a cônsul-geral do Brasil em Zurique, Vitória Clever, constatou que a polícia suíça sequer abriu investigação para identificar os agressores. "Trata-se claramente de um ataque xenófobo", afirmou Vitória, que hoje vai até o escritório central da polícia exigir esclarecimentos. "Se for necessário, levaremos o caso às mais altas instâncias", acrescentou, indicando que o Itamaraty pode pedir também explicações à Embaixada da Suíça em Brasília.
Nos últimos meses, ataques xenófobos têm ganhado força na Europa diante de um discurso cada vez mais racista dos partidos de extrema direita. Na Suíça, a crise financeira internacional e o aumento do desemprego deram popularidade aos partidos políticos que defendem medidas contra a imigração. Casos de ataques contra estrangeiros aumentaram, mas, até agora, os brasileiros não eram os alvos preferidos - as principais vítimas são imigrantes turcos, ex-iugoslavos e africanos.
Paula, uma pernambucana de 26 anos, trabalha na multinacional Maersk e, segundo o Itamaraty, vive legalmente na Suíça. Ela foi atacada quando voltava do trabalho, após desembarcar na estação de trem perto de sua casa. Paula falava ao telefone celular com a mãe, que estava no Recife, quando foi cercada pelos três skinheads. Levada para um parque, foi espancada por 15 minutos e teve sua roupa parcialmente arrancada. Um deles usou um estilete para cortar barriga, braços, rosto, tórax e pernas. "Ela ficou marcada em várias partes do corpo", disse a cônsul.
A diplomacia brasileira criticou o comportamento da polícia após a agressão. Isso porque, ao prestar queixa, Paula foi interrogada pelo detetive Andreas Hug - ele duvidou de sua versão, querendo saber se ela não teria se autoflagelado. Paula disse que um dos agressores tinha uma suástica tatuada no corpo. A cônsul também passou por uma situação constrangedora ao telefonar para a polícia. A delegacia local apenas a informou que, se quisesse saber detalhes da agressão, que perguntasse à vítima. Por enquanto, familiares disseram que ela permanecerá no hospital local. Em breve, ela deve voltar para o Recife.
Fonte: Estado de São Paulo
O espírito de Hilter continua rondando a Europa. E com essa crise financeira, só tende a piorar a situação das minorias.
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Neonazistas torturam brasileira grávida na Suíça
A advogada brasileira Paula Oliveira, grávida de três meses de gêmeas, foi atacada e torturada por três neonazistas na noite de segunda-feira na cidade suíça de Dubendorf, na periferia de Zurique. Os agressores inscreveram, com um estilete, a sigla SVP - iniciais em alemão do Partido do Povo Suíço, de extrema direita - na barriga e nas pernas da brasileira. O ataque fez com que Paula, casada com um suíço, abortasse.
O caso ganhou contornos políticos depois que a cônsul-geral do Brasil em Zurique, Vitória Clever, constatou que a polícia suíça sequer abriu investigação para identificar os agressores. "Trata-se claramente de um ataque xenófobo", afirmou Vitória, que hoje vai até o escritório central da polícia exigir esclarecimentos. "Se for necessário, levaremos o caso às mais altas instâncias", acrescentou, indicando que o Itamaraty pode pedir também explicações à Embaixada da Suíça em Brasília.
Nos últimos meses, ataques xenófobos têm ganhado força na Europa diante de um discurso cada vez mais racista dos partidos de extrema direita. Na Suíça, a crise financeira internacional e o aumento do desemprego deram popularidade aos partidos políticos que defendem medidas contra a imigração. Casos de ataques contra estrangeiros aumentaram, mas, até agora, os brasileiros não eram os alvos preferidos - as principais vítimas são imigrantes turcos, ex-iugoslavos e africanos.
Paula, uma pernambucana de 26 anos, trabalha na multinacional Maersk e, segundo o Itamaraty, vive legalmente na Suíça. Ela foi atacada quando voltava do trabalho, após desembarcar na estação de trem perto de sua casa. Paula falava ao telefone celular com a mãe, que estava no Recife, quando foi cercada pelos três skinheads. Levada para um parque, foi espancada por 15 minutos e teve sua roupa parcialmente arrancada. Um deles usou um estilete para cortar barriga, braços, rosto, tórax e pernas. "Ela ficou marcada em várias partes do corpo", disse a cônsul.
A diplomacia brasileira criticou o comportamento da polícia após a agressão. Isso porque, ao prestar queixa, Paula foi interrogada pelo detetive Andreas Hug - ele duvidou de sua versão, querendo saber se ela não teria se autoflagelado. Paula disse que um dos agressores tinha uma suástica tatuada no corpo. A cônsul também passou por uma situação constrangedora ao telefonar para a polícia. A delegacia local apenas a informou que, se quisesse saber detalhes da agressão, que perguntasse à vítima. Por enquanto, familiares disseram que ela permanecerá no hospital local. Em breve, ela deve voltar para o Recife.
Fonte: Estado de São Paulo
O espírito de Hilter continua rondando a Europa. E com essa crise financeira, só tende a piorar a situação das minorias.
Walter Jr
redator
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Comentários
não consegui e desisto nesse momento, infelizmente, as pessoas naum conseguiram ler alguma partes desse texto, mas a culpa naum foi minha.
só posso pedir desculpas aos leitores.