Coisa rara é você sentar e assistir algo diferente nas emissoras de sinal aberto. As grades de programação estão cada vez mais parecidas, tudo pela busca da liderança no índice de audiência para um maior lucro posterior.
Hoje, um exemplo do fora do comum é o programa Brothers apresentando obviamente pelos irmãos Supla e João Suplici. Brothers vai ao ar todos os sábados às 18 horas na Rede Tv!, e pode-se ver muita coisa interessante, bem como muita besteira .É algo que sai no (a)normal que a “tevê aberta” oferece. Posso citar ainda o programa Pânico!, companheiros de canal dos Brothers, mas que não apresentam a mesma pegada do início e parece estar caindo num ostracismo.
O CQC é outro exemplo que está ai no ar nas noites de segunda-feira na Band, um programa feito por humoristas que pegam no pé de muita gente de forma inteligente e com quadros não muito diferentes do que já foi feito, mas que estranhamente com eles parece ser algo inovador.
No próximo dia 07, irá estrear na Rede Globo uma minissérie que promete tirar do mais do mesmo a toda poderosa das telecomunicações no Brasil. Falo de Som & Fúria, minissérie idealizada e dirigida por Fernando Meirelles (diretor de Cidade de Deus, Jardineiro Fiel, Ensaio Sobre a Cegueira), com 12 episódios que serão exibidos no lugar dos programas Toma La Dá Cá (terça, 22h35), Força Tarefa (quinta, 22h55) e Tudo Novo de Novo (sexta-feira, 23h05). Som & Fúria é uma adaptação da série canadense Slings and Arrows, que mostra os desafios de um grupo de teatro shakesperiano para manter a qualidade artística de seu trabalho em contraste com as exigências comerciais e de público. Fernando Meirelles conheceu Slings and Arrows quando rodava Ensaio Sobre a Cegueira. A série conta com a participação da banda Tangos e Tragédias na trilha sonora e com um elenco vasto e talentoso, com nomes como o de Maria Flor, Andréa Beltrão e Paulo Betti.
Vamos aguardar e assistir para averiguar se a série vai fazer justiça à expectativa que foi criada. A Rede Globo geralmente produz boas minisséries, vide (apesar das controvérsias) a recente Capitu, adaptação da obra Dom Casmurro de Machado de Assis.
Wenndell Amaral
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