O exagero do entretenimento - Sucker Punch

Com o título no Brasil de "Mundo Surreal", Sucker Punch, do diretor Zack Snyder, tido como um visionário pelos frenéticos fãs de seus trabalhos anteriores, foi vendido como um, e é um video clip.















Não que inexista qualidade em "300" (2006) e "Watchmen - O Filme" (2009), mas Sucker Punch é por demasiado bem pensado, tanto que ficou redundante. Parece ter sido formatado para ser um sucesso pop cinematográfico, talvez até seja, mas como obra do cinema, esperava mais.

A trama do longa é sobre uma jovem que é internada numa instituição psiquiátrica pelo padrasto. Recuando a uma realidade alternativa como uma estratégia de enfrentamento, ela vê um plano que irá ajudá-la a escapar da instalação mental.

Por não ser "cri cri" esperava mais, e alguns com mais/melhor conhecimento na área (não é difícil achar) podem até dar risadas, entretanto, afora a bela montagem, trilha sonora e sobreposição de narrativas, deve ter sido dai a extração da denominação "surreal", nada mais posso destacar.

A mensagem por trás de tudo que acontece, bem óbvia quando percebemos (e quase tudo é assim), é que faz o todo parecer desnecessário. É um exagero de colagens pop para demonstrar algo simples. Mas claro, é um orgasmo iconoclasta do cinema pop moderno, por assim dizer. Acho que essa mensagem simples seja o que salva o filme, quando muitos pensam o contrário. Mesmo assim não deixa de ser um enorme clichê que serviu de base para um exagero, chegando a ser, exatamente surreal.

O site Omelete fez uma exagerada cobertura do filme, leia aqui.

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