EDITORIAL: A Falência das Instituições Sociais [parte II] : Escola


O método de unir jovens em um local apartado para o repasse de conhecimentos existe desde a Antiguidade Clássica. O ensino fundamental existe provavelmente desde a Grécia antiga [atraves da Academia idealizada por Platão; os sofistas também mantinham métodos de ensino], Roma antiga, Índia antiga e China antiga. O Império Bizantino tinha um sistema de ensino criado a partir do nível primário. A fundação histórica do sistema de educação primária remonta à 425 d. C. onde os militares tinham pelo menos o ensino primário.

Seguindo o lado Ocidental do Globo, veio a Idade Média e com ela a supremacia da Igreja no domínio do conhecimento. Através do catequismo da Igreja objetivando angariar mais fiéis, a estrutura da Igreja tem como base o magistério: no auge da Idade Média, eclesiásticos comandavam cidades, escolas, universidades, etc. e por isso tinham que ser bons administradores, tomem por exemplo. Do lado Oriental do mundo, a China e algumas nações Islâmicas [Irã, Índia] desde de muito antes de cristo já tinham seus métodos pedagógicos com destaque para a matemática, física, química e biologia... São nações que hoje modernas, dão todo o suporte necessário para a manutenção da educação num patamar alto.

A infraestrutura das escolas vem melhorando; já os Recursos Humanos...
Deixando de lado essa verborragia histórica, A Escola Moderna Ocidental teve seu ápice durante o Renascimento, vindo hoje a ocupar uma das instituições com menos insvestimento do Governo. Ao menos aqui no Brasil, a União destina menos que 5% de seu PIB com a Educação e os Estados devem destinar ainda menos. Não adinta criar ministérios, despejar dinheiro em programas de Segurança agressivos à comunidade sem que se invista massiçamente nas escolas, nos professores e demais pilares que sustentam essa instituição que anda mal das pernas, devido à resistencia a mudanças, subvalorização e sobretudo à corrupção e má gerência dos governantes.



Na Educação Privada os alunos comandam; com efeito, surgem os de alto rendimento que ficam com às melhores vagas nos vestibulares
Nas escolas públicas chovem apadrinhados. Os diretores não são escolhidos por suas capacidades laborais e sim por quem tem maior QI [Quem Indique]. A qualidade técnica que já não é boa, cai ainda mais. Com isso, o Corpo Docente composto pelos professores se resigna por ser comandado por quem não tem capacidade. Some-se ainda a esse fato hipotético, que fique claro, a qualidade dos alunos que hoje em dia devido à cultura de massa estúpida na qual estão inseridos e ao meios social instável de suas residências, em sua maioria, complicam a nada fácil rotina do professor, ponta de lança da história, aquele que tenta transmitir seu conhecimento e tem que torrar sua paciência com crianças e adolescentes mal criados por seus pais. Estes, tem papel de grande influência na escola, pois não é somente a educação tecnica e interpessoal gerada pela instituição de ensino que farão das crianças pessoas produtivas, com moral elevada e equilíbrio emocional.


Liberalidade x Conservadorismo: um meio termo é o ideal para não afugentar nem alienar
Os pais devem acompanhar in loco a produtividade dos filhos, e promover atividades secundárias após o período escolar [estímulo a leituras que nada tenham a ver com as materias da escola, esportes, música, etc. ] e não apenas relegar sua parte na educação de seu rebento à TV. Ações como estás ajudariam os professores, os pais com problemas futuros e os principais interessados: os próprios alunos que lapidariam suas habilidades intelectuais e físicas durante 1/3 do dia. Educando alunos de melhor educação caseira, num futuro a médio/longo praso, uma escola bem estruturada formará jovens de alto rendimento intelectual impulsinando assim os diversis setores da Economia do País: indústrias, empresas, serviços, comércio, cultura, etc.


A desvalorização do conhecimento gera a do professor: "E o salário ó! "
Do lado privado a coisa é outra; com um poder aquisitivo bem maior, a classe média/alta pode pagar colégios que já incluem em sua grade atividades extra-classe, para a manutenção do aluno em atividades produtivas e afastados dos desviantes e tentadores caminhos da vida ociosa e libertina que esteiam do lado externo dos muros escolares. Assim como nas públicas, nas privadas existem aquela minoria playboyzada que não querem bulhufas com a vida e atazanam a vida dos docentes; em contraste, é das instituições particulares as vagas nos cursos mais disputados das melhores faculdades do país. O pobre, classe média/baixa, sempre fica longe dos cursos "mais desejados do mercado", e se contentam em cursar ciências sem grande expressão economica, subvalorizadas pela cultura da ignorância reinante em nosso Brasil.

É aí que identifico o início da falência da Escola. O conhecimento gerado, além de limitado pela parte burucrática e política da instituições, ainda é extremamente influenciado negativamente pela cultura de massa abjeta e pelo meio social adverso ao desenvolvimento sadio humano em que está inserida mais da metade da população jovem do país. Esses fatores resumem a escola num ambiente para passar o tempo, fazer amigos, socializar, para a maioria; apenas alguns veem a escola como um lugar de conhecimento onde está disposto as ferramentas para mudar sua própria vida e a realidade ao seu redor.
Fato é que a estrutura atual das escolas sejam públicas ou privadas não favorecem mais um desenvolvimento pedagógico humanitário. Tudo é competição, onde apenas poucos conseuen êxitos, caracterizando uma determindada corrida darwinista que visa apenas o lucro. O conhecimento gerado hoje em dia com os alunos que brotam das escolas e elevam os nomes das grandes Universidades com seus inventos, não tem como ponto de chegada o bem estar do ser humano, e sim o lucro de empresas e/ou o uso militar. O número de analfabetos no Brasil cai a cada ano enquanto o número de graduados sobe, porém o resultado de nossas "cabeças pensantes diplomadas" são nulos, pois toda a tecnologia de ponta que temos compramos pronta do exterior em todos os setores. Nem mesmo gasolina conseguimos fabricar para nosso próprio consumo.

Para garantir a Ordem e o Progresso, não há outro caminho senão o da Educação, com menos corrupção, gera-se segurança, saúde e cultura para a população. Nosso país é propicio para uma tecnologia auto-sustentável: energias renováveis, consumo inteligente, reciclagem... Nossos recursos são incalculáveis. O povo brasileiro deve acordar, dizer não aos "enlatados estrangeiros" que nos empurram goela abaixo dizendo o que fazer e o que não fazer e colocar a alma naquilo que faz e por fim, tomar os rumos da nação dos usurpadores que dominam sob a ignorância do povo.

Fevereiro, 2013.
Walter A.
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