Jane Austen
Para compreendermos a importância de Jane Austen na história inglesa e conseqüentemente mundial, usaremos como ponto de referência, Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice), considerado sua obra prima. O livro foi publicado em 1813, mas escrito em meados de 1797 tendo como título First Impressions (Primeiras Impressões), mas nunca foi publicado com esse título. A narrativa nos traz a trajetória dos Benet, uma família de muitas mulheres e quase nenhuma posse. A vida deles muda com a chegada do rico Mr. Darcy e seu amigo Sr. Bingley, também abastado. Ambos se apaixonam pelas duas senhoritas Benet mais velhas. Contudo, a diferença entre as classes torna tudo mais difícil, e os eventos nos prendem ali nas páginas até o Happy End.
É essencial ao entendimento do leitor, conhecer o contexto histórico da época de Austen. No século XVIII mulheres não estudavam em escolas ou iam às Universidades, não tinham o direito de herdar propriedades e os casamentos se realizavam por acordos financeiros. Amar? Só se fosse na sua esfera social. Não havia entre homens e mulheres o contato de um aperto de mão, um abraço ou um beijo no rosto. O único momento que um casal ainda não casado tinha para conversar e havia a oportunidade de se tocar, era durante a dança. Bailes, jantares e caminhadas faziam parte da rotina dos anos de 1700. E é isso que encontramos nas obras de Jane Austen, porque ela escrevia sobre um mundo que conhecia e entendia perfeitamente. Sua obra reflete o período e a classe social a qual ela pertencia.
Mesmo estando no século 21, é incrível ver como as histórias de Austen se tornam atuais para nós. Acontece que ela entendia a natureza humana, e as concepções amorosas daquela época são as mesmas de hoje, a hipocrisia das pessoas também. Jane Austen era diferente das mulheres de seu tempo, tinha uma personalidade e um espírito independentes. Foi uma revolucionária ao decidir viver do que escrevia e não ser sustentada por um marido arranjado. A pesar de tudo, é interessante notar a forma bem-humorada com que muitas vezes descreve sua sociedade.
Aquele que lê a biografia de Jane Austen talvez se espante com o contraste da vida “sem graça” que ela levava e os finais felizes que suas personagens tiveram. Notando essa oposição, fica claro a decisão da autora de dar às suas heroínas a felicidade que ela não teve. Mas quem somos nós para questionar o formato de uma obra que nos conta com ricos detalhes a verdade de uma sociedade histórica e ainda nos envolve num enredo emocionante?
Aqui vai uma dica: Qualquer amante da literatura que se preze, não pode deixar de conhecer as obras da autora que contribuiu para a fundação do estilo moderno de escrever, JANE AUSTEN.
Aline Morgana Guilermino
Acadêmica do Curso de Letras da Universidade Estadual de Alagoas.
Desde 1940, as primeiras gerações de cinéfilos vêm acompanhando através das telinhas e telonas, adaptações fantásticas de algumas das obras literárias da escritora britânica Jane Austen. Dentre os mais conhecidos, podemos citar: Razão e Sensibilidade (Sense and Sensibility) (1811), Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice) (1813), Mansfield Park (1814), Emma (1815) e Persuasão (Persuasion) (1818), este último publicado postumamente. Hollywood investiu pesado nessas superproduções. Os personagens foram interpretados por atores de fama e talento reconhecidos, chegando a ganhar vários Oscars. Mas isso tudo se deve a genialidade de sua criadora.
Para compreendermos a importância de Jane Austen na história inglesa e conseqüentemente mundial, usaremos como ponto de referência, Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice), considerado sua obra prima. O livro foi publicado em 1813, mas escrito em meados de 1797 tendo como título First Impressions (Primeiras Impressões), mas nunca foi publicado com esse título. A narrativa nos traz a trajetória dos Benet, uma família de muitas mulheres e quase nenhuma posse. A vida deles muda com a chegada do rico Mr. Darcy e seu amigo Sr. Bingley, também abastado. Ambos se apaixonam pelas duas senhoritas Benet mais velhas. Contudo, a diferença entre as classes torna tudo mais difícil, e os eventos nos prendem ali nas páginas até o Happy End.
É essencial ao entendimento do leitor, conhecer o contexto histórico da época de Austen. No século XVIII mulheres não estudavam em escolas ou iam às Universidades, não tinham o direito de herdar propriedades e os casamentos se realizavam por acordos financeiros. Amar? Só se fosse na sua esfera social. Não havia entre homens e mulheres o contato de um aperto de mão, um abraço ou um beijo no rosto. O único momento que um casal ainda não casado tinha para conversar e havia a oportunidade de se tocar, era durante a dança. Bailes, jantares e caminhadas faziam parte da rotina dos anos de 1700. E é isso que encontramos nas obras de Jane Austen, porque ela escrevia sobre um mundo que conhecia e entendia perfeitamente. Sua obra reflete o período e a classe social a qual ela pertencia.
Mesmo estando no século 21, é incrível ver como as histórias de Austen se tornam atuais para nós. Acontece que ela entendia a natureza humana, e as concepções amorosas daquela época são as mesmas de hoje, a hipocrisia das pessoas também. Jane Austen era diferente das mulheres de seu tempo, tinha uma personalidade e um espírito independentes. Foi uma revolucionária ao decidir viver do que escrevia e não ser sustentada por um marido arranjado. A pesar de tudo, é interessante notar a forma bem-humorada com que muitas vezes descreve sua sociedade.
Aquele que lê a biografia de Jane Austen talvez se espante com o contraste da vida “sem graça” que ela levava e os finais felizes que suas personagens tiveram. Notando essa oposição, fica claro a decisão da autora de dar às suas heroínas a felicidade que ela não teve. Mas quem somos nós para questionar o formato de uma obra que nos conta com ricos detalhes a verdade de uma sociedade histórica e ainda nos envolve num enredo emocionante?
Aqui vai uma dica: Qualquer amante da literatura que se preze, não pode deixar de conhecer as obras da autora que contribuiu para a fundação do estilo moderno de escrever, JANE AUSTEN.
Aline Morgana Guilermino
Acadêmica do Curso de Letras da Universidade Estadual de Alagoas.
Comentários
Bem completo e esclarecedor. Dá vontade mesmo de conhecer as obras de Jane Austen.
Parabéns!